sexta-feira, 25 de julho de 2008

Um risco e uma trajetóriaQue fosse o risco reto na folha de papelQue fosse em poucas palavras que descrevêssemos o mais solene versoQue fosse o tempo em que nossas almas debruassem caladas sobre a multidão de imagensQue fosse as mãos abeis e a caneta o meio supremo de impor o calor intenso da poesia Que fosse o tempo e o relógio uma trajetória.Que fosse em minhas veias o rio sangrento de toda a revoluçãoQue fosse o céu iluminado que nunca se apaga Que fosse à criança de vestes brancas com um largo sorriso.Que fosse a constelação inteira brilhandoQue fosse a seqüência incessante de ondas do marQue fosse o coração batendo de emoçãoQue fosse o universo mágico da imaginaçãoQue fosse o beijo molhado de ternuraQue fosse o jeito dengoso de serQue fosse o caminhar femininoQue fosse o jardim de margaridas amarelasQue fosse o suspiro da vida de quem fosseQue fosse apenas um simples soprar do ventoQue fosse o abrir e fechar de olhosMarcelo planchez

Um comentário:

Blog do Ediloy disse...

Planchez,passando por ai cruzei seus escritos, adoro a irreverência e a subversão de pontos e vírgulas ( e de tudo o mais) que magistralmente vc faz...

visite-me: www.blogdoediloy.blogspot.com

abçs !